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DEZ LIVROS DIGITAIS INFANTIS PARA LER NO CELULAR

Neste artigo não pretendemos fazer uma comparação entre livros impressos e livros digitais, mas, sim, demonstrar que estes são um meio alternativo de leitura e que possuem recursos bastante interessantes, inclusive para livros infantis.

E-books em PDF: nem sempre a melhor saída

Os smartphones são, hoje em dia, uma ferramenta presente nas mãos da maioria das pessoas. Estima-se que só no Brasil existam 230 milhões desses aparelhos (tem mais celular que gente!). Apesar de eu acreditar que é possível viver sem um, penso que, já que eles existem e trazem tantas facilidades ao nosso dia-a-dia, é interessante tirarmos proveito dessa tecnologia nas mais diferentes áreas, inclusive na leitura de livros infantis. Apesar da praticidade de se ter os livros “sempre à mão”, dos e-books serem mais baratos e ecológicos que os livros impressos, etc., etc. e etc., é preciso destacar que existem e-books e e-books. Há aqueles feitos de um simples arquivo PDF, que pode ser lido em qualquer smartphone, mas que tem como característica principal o chamado “layout fixo”, ou seja, o texto deve ser ajustado à tela girando-se o celular de lado ou “dando zoom” no documento com os dedos para aumentar ou diminuir o tamanho das letras. Muito útil quando o documento possui um pequeno número de páginas e poucas ilustrações, pois são fáceis de serem produzidos, porém, em um livro infantil, esse tipo de e-book pode tornar a leitura uma tarefa bastante desagradável. Já tive essa experiência: comprei um livro digital infantil com ilustrações e texto fantásticos, mas simplesmente desisti de lê-lo por estar em PDF. Era impossível!

E Que Tal Texto Refluível em E-books Infantis?

Por outro lado, existem os e-books de layout auto ajustável, ou, como se diz tecnicamente, com texto refluível, onde o texto se ajusta automaticamente ao tamanho da tela, possibilitando, também, alterar o tamanho e cor da fonte e a cor do fundo. Em geral, são arquivos no formato E-PUB e permitem uma leitura bastante mais agradável. Porém, esse tipo de arquivo nem sempre é adequado a um livro infantil também, já que, frequentemente, para uma ilustração ser vista, há que se parar a leitura para poder ampliar a imagem, ou, então, a imagem se encontra em uma página e o texto em outra.

Uma Luz no Final do Túnel!

Mas, calma, nem tudo está perdido! Uma terceira alternativa são os e-books feitos “sob medida”, onde texto e ilustração estão dispostos de modo a poderem ser visualizados sem a necessidade de ajustes. No máximo, há que se posicionar o celular na horizontal ou na vertical, dependendo do livro. E, ainda, esses e-books podem conter imagens adicionais (tipo pop up), áudios e/ou vídeos, sem falar na possibilidade de uso de tradutores, marca-textos, e efeito “vira-página”, que imita o virar de uma folha de um livro impresso.

Escolha o Aplicativo Certo!

Porém, um aspecto fundamental que deve ser levado em consideração é o aplicativo que será utilizado para a leitura desse tipo de e-book. Existe uma grande variedade de aplicativos, tanto para a leitura de livros em PDF quanto E-PUB. Contudo, em minha opinião, o que melhor tem atendido às minhas expectativas de uma leitura prazerosa e com possibilidades de acesso a vários recursos multimídia (áudios e vídeos) é o aplicativo KINDLE, fornecido pela Amazon. Além das possibilidades mencionadas (permitir acesso a dicionário, tradutor, marcador de texto, fichas de anotações etc.), é gratuito, pode ser baixado da Play Store ou Apple Store, é fácil de ser instalado, e conecta-se diretamente à loja Amazon, onde podem ser encontrados milhares (para não dizer milhões) de títulos que podem ser adquiridos com apenas “um clique”.

 

E-books Infantis Sob Medida Para Celulares

Mas, então, surge a pergunta: “— OK, já temos o smartphone, o App Kindle instalado… Faltam os livros infantis feitos sob medida! Onde posso encontra-los?”. A seguir, sugerimos dez títulos (um deles em inglês) que com certeza irão agradar crianças de 2 a 102 anos de idade (ou mais), alguns deles com recursos multimídia, mas todos com divertidas histórias escritas em versos e que trazem, também, belas mensagens! São eles:

A MENINA QUE BRIGOU COM O PENTE é uma divertida história sobre uma menina que, com pressa de sair para brincar, não teve paciência de esperar que a mamãe terminasse de pentear seus cabelos e, por isso, acaba envolvendo-se em uma série de confusões. De modo poético e lúdico, este livro fala de atitudes e consequências. Inclui uma atividade que auxilia na interpretação da história e uma segunda história, “As Amigas da Menina Que Brigou Com o Pente”, que fala da importância de valorizarmos mais a essência que a aparência. 17 páginas, indicado para crianças a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O MENINO QUE BRIGOU COM O CHUVEIRO: quem nunca fugiu do banho? Quem já não entrou no banheiro, ligou o chuveiro, mas só molhou um pouquinho o cabelo para enganar a mamãe? Quem nunca conheceu alguém que fez o coração bater mais forte, ou que fez repensar seu jeito de ser? Pois é: este livro fala dessas pequenas travessuras que a maioria das crianças faz e das doces descobertas que esta fase da vida proporciona. Escrita em versos, “O Menino Que Brigou Com o Chuveiro” é uma história divertida e permeada de inocência, emoção e aprendizado, que complementa o livro A MENINA QUE BRIGOU COM O PENTE, e que com certeza irá cativar crianças e adultos. 17 páginas, indicado para crianças a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O ELEFANTE MALUCO: quase sempre sonhamos enquanto dormimos, não é? Têm sonhos que são engraçados; outros dão medo; têm os que não fazem nenhum sentido, enquanto outros parecem muito reais! Alguns sonhos a gente consegue lembrar bem deles; já outros, a gente sequer lembra que sonhou. Seja lá como for, os sonhos sempre mexem com nossas emoções. Acompanhe essa divertida história de um menino que sonhou com um elefante muito maluco, que apronta muitas peripécias e bizarrices, ao mesmo tempo em que vai despertando diferentes reações em nosso herói. Ao final, de um modo muito simples, o menino explica o que são os sonhos e como eles aparecem durante nosso sono. Livro interativo escrito em versos, contendo áudios das bizarrices do elefante. 24 páginas, a partir dos 5 anos de idade. AMOSTRACOMPRAR.

AHÁ! ENGANAMOS VOCÊS, MELHOR OLHAREM OUTRA VEZ: BICHOS QUE PARECEM, MAS NÃO SÃO!: livro interativo, com narração, fotografias e canto de pássaros. Esta obra é uma coletânea de fotos de insetos e pássaros que usam incríveis camuflagens para enganar predadores e presas. Cada fotografia acompanha um pequeno poema que, de forma lúdica, convida o leitor a interagir com o livro. Cada página possui ícones de interação: para ouvir os versos, basta tocar no ícone do alto-falante; se o leitor não conseguiu enxergar o bicho, basta tocar em “Ver o Bicho”; o canto de cada pássaro pode ser ouvido ao tocar no ícone do passarinho. Que tal tentar descobrir onde estão esses bichinhos? 15 páginas. Idade: a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

VAMOS DESENHAR O JOÃO?: Penso que uma das coisas mais singelas que existe é um desenho feito por uma criança, pois ali está a expressão de muitas coisas: da percepção dela a respeito do mundo; a manifestação de suas habilidades manual e cognitiva; características da personalidade; e, principalmente, da imaginação! Às vezes um rabisco pode representar muita coisa (vide a história do Pequeno Príncipe e a cobra que engoliu um elefante!). Por isso, esse livro é dedicado ao desenho e à imaginação e serve para crianças e adultos, também. Escrito, ilustrado e narrado pelo próprio autor que, de modo poético e detalhado, página por página vai desenhando o personagem chamado João. 15 páginas. Livro interativo. A partir de 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

UM GATO DE CARA QUADRADA: esta é a história de um gatinho atrapalhado que vive trombando nas coisas. Tanto assim que o próprio livro é roxo! Já o gatinho é verde, por que esta é apenas uma história, ou seja, este gatinho não é de verdade. Ele é um personagem que foi inventado para nos lembrar de que devemos ter cuidado com nossos movimentos e não sermos tão afoitos. O texto tem uma peculiaridade: segue uma musicalidade que faz parecer como se estivéssemos descendo uma escada aos “soquinhos”. Por isso foi diagramado “em cascata”. Desse modo, não só a cara do gato é quadrada, mas o modo de ler o livro também. Texto em versos. 10 páginas; idade a partir de 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

EI, ALGUÉM VIU O MERVAL?: gatinhos são bichinhos muito espertos. Mas, de vez em quando eles resolvem desaparecer, deixando seus donos desesperados. Acompanhe o desenrolar dessa procura por um gatinho chamado Merval, aonde a emoção vai tomando conta das pessoas a ponto de fazer com que imaginem as coisas mais bizarras! Mas, no final, uma grata surpresa faz com que todos voltem ao seu estado de serenidade. 17 páginas. Idade: a partir de 2 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O CARAMUJO QUE NÃO ERA BOM EM NADA: este livro conta a história de um simpático caramujo que queria fazer muitas coisas, mas encontrava inúmeras limitações devido ao seu corpo de molusco. Porém, um dia encontra um amigo que se propõe a ajudá-lo (apesar de suas ideias, à primeira vista, tolas e sem utilidade). Contudo, por detrás de sua aparente tolice reside muita sabedoria, o que ajuda nosso personagem descobrir todo seu incrível potencial. Uma história que, com sensibilidade, poesia e bom humor, fala sobre amizade, superação, autoconfiança, determinação, senso de responsabilidade e outras virtudes. Texto em versos. 45 páginas. Idade: a partir de 5 anos. AMOSTRACOMPRAR.

A ARARA AZUL: um menino; um sonho; uma revelação; um despertar. Uma história permeada de simbolismo e filosofia, os quais são apresentados através de poesia e belas ilustrações. Ao final, um glossário, que auxilia o leitor na interpretação de cada elemento presente na história. Uma visão holística e espiritual do ser humano, sua trajetória e sua relação com o Universo. Livro interativo contendo áudio. 21 páginas. Idade: a partir do 8 anos. AMOSTRACOMPRAR.

MY HEART: this book is about choices, about encouragement for reading and thinking, and about guidance for life. The story happens at the boy’s grandpa’s library. There, he has a great surprise with the magical way he has access to the books. Exploring the library section by section, he was amazed with the world of fantasy and imagination he found in the children’s books; the encyclopedias also gave him their wise contribution; and, nevertheless, he learned wonderful lessons about History, Arts and Science. However, his most exciting experience comes when he makes a special discovery. This discovery teaches him an important message about himself and about life. Includes a section called “My Heart’s Messages”, where you can find explanations about meaningful lessons from the story, and a section called “My Heart’s Little Secrets and Curiosities”, which tells about peculiarities of some illustrations. Poetry for children. 65 pages, ilustrated. Ages from 5 to 105 years old, and beyond! SAMPLEBUY IT.

Para mais informações, visite o site www.sjeditora.com.br. Convidamos você a bater um papo com o autor na aba “Bate-papo/A História Por Trás da História”. Conheça, também, nossos projetos e serviços!

 Uma boa leitura digital!

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Ahá, Enganamos Vocês! Bichos Que Parecem, Mas Não São!

Ahá, Enganamos Vocês! Bichos Que Parecem, Mas Não São!

Entre 2012 e 2016, após retornar os EUA, morei em uma cidadezinha chamada Barra do Turvo, localizada no Vale do Ribeira, estado de São Paulo. A cidade tem ao redor de 7.800 habitantes e sua economia baseia-se a agricultura de subsistência. Mas, sua verdadeira riqueza está em suas montanhas, suas nascentes de águas cristalinas, seu ar puro e povo hospitaleiro. Como eu fui parar lá? Bem, a história começa quando eu tinha quinze anos e ouvi falar sobre “A Caverna do Diabo”, localizada em Iporanga, SP. Pensei em ir até lá de bicicleta e, olhando em um mapa, vi que o caminho mais curto passava por Barra do Turvo. A viajem nunca aconteceu, mas, por alguma razão, o nome “Barra do Turvo” ficou gravado em minha memória. Quase trinta anos se passaram e, depois de muitas andanças e experiências profissionais em diversas áreas, resolvi, como Engenheiro Agrônomo, atuar em algo que deveria ter feito desde que me formei: Agroecologia. Fiquei sabendo de uma cooperativa de agricultores que produziam seus alimentos no sistema chamado Agrofloresta e, adivinhem onde ficava a cooperativa? Isso mesmo, Barra do Turvo. Lá na Barra conheci o Pedro e a Maria, proprietários do “Centro de Envolvimento Agroflorestal Felipe Moreira” e, depois de algumas visitas e troca de ideias, resolvi mudar-me para lá. Entre outros afazeres, fui dar aulas na Escola Estadual Professor Luiz Darly Gomes de Araújo, nas matérias de biologia, química, física, geografia, inglês e, também, filosofia! Lembro-me que nos primeiros dias os estudantes me olhavam com estranheza, até que fui dar aula em uma turma de primeiro ano do ensino médio. Apresentei-me como o novo professor de física e comecei a falar sobre “Movimento Retilíneo Uniforme – MRV”.  Após uns quinze minutos falando, uma menina levantou a mão e perguntou: “— Professor, é verdade que o senhor morou nos Estados Unidos?”. Ao responder que sim, ela prosseguiu: “— E o que é que o senhor veio fazer nesse buraco de fim de mundo chamado Barra do Turvo?”. E, então, respondi: “— Vou dizer uma coisa para vocês: já morei em várias partes do Brasil e, durante dez anos, na Califórnia, Estados Unidos, um estado que, sozinho, é considerado a quinta economia do mundo! Lá eu morei em várias cidades do vale central, mas em nenhuma delas eu podia usar a água da torneira para beber ou, mesmo, para cozinhar, porque a água era contaminada por vários resíduos químicos, como gasolina, agrotóxicos e, até, urina de vaca! Nas escolas havia um mastro onde era hasteada uma bandeira que podia ser verde, amarela ou vermelha. Quando a bandeira estava vermelha, queria dizer que a qualidade do ar estava péssima e que, por isso, as crianças iriam ficar o dia inteiro dentro da sala de aula, sem sair para o recreio! Eu tinha uma casa de dois andares, com ar condicionado central, calefação, dois carros na garagem e uma série de facilidades que são consideradas “qualidade de vida”. Por circunstâncias da vida, tive que deixar tudo para trás e voltei para o Brasil. Mas, isso tudo me fez pensar sobre o que realmente é fundamental para vivermos? E a resposta é: primeiro, alguma coisa ou alguém que nos dá a vida, a qual chamamos de Deus; segundo, o ar, pois a gente consegue ficar sem oxigênio por três a quatro minutos, mas, a partir daí, nosso cérebro começa a se degenerar; terceiro, a água, pois podemos ficar sem tomar água por até cinco dias, mas, depois, nosso corpo começa a entrar em colapso; e, finalmente, alimentos, pois, a menos que consigamos viver de energia solar, podemos ficar até trinta dias sem comer, só que, depois disso, começamos a definhar. Vejam o que fazemos com nosso planeta! Para termos essa tal “qualidade de vida” poluímos o ar, a água e os alimentos, coisas que são realmente fundamentais para nossa vida, em troca de “conforto e comodidades”. Será que isso vale a pena? Olhem ao redor de vocês! Barra do Turvo é repleta de ar puro, fontes de água em abundância e vocês ainda produzem muitos alimentos sem veneno! Isso é uma riqueza incalculável que eu não encontrei em nenhum dos lugares onde eu já vivi. Por isso, jamais chamem Barra do Turvo de buraco, de fim de mundo, pois vocês não sabem a riqueza que isso aqui representa! Na classe fez-se um silêncio profundo até o final da aula. Lecionei por nove meses, até o término do ano letivo. Infelizmente, não consegui aulas para o ano seguinte, indo, então, trabalhar como agrônomo para a prefeitura. Um dia encontrei um ex-aluno e ele me perguntou se eu não iria mais dar aulas. Eu respondi que não, porque, entre outros fatores, o pessoal fazia muita bagunça na sala e não prestava atenção. Mas, então, o que ele me disse fez valer todos os problemas que enfrentei como professor de uma escola pública: “— É, professor, a gente “zoava” muito nas suas aulas, mas aquilo que o senhor falou sobre o ar, a água e Barra do Turvo fez a gente pensar e o pessoal, depois da aula, ficou falando sobre isso”.

Mas, o que esse livro tem a ver com tudo isso? Bem, graças às matas, à diversidade biológica da mata atlântica local e das agroflorestas, esses pequenos seres, insetos, sapinhos e aves, ainda podem ser encontrados. Cada vez que eu encontrava um deles eu os fotografava, até que, um dia, veio-me a ideia de fazer o livro. Dentre eles, destaco o Surucuá, uma ave que tem um canto que se assemelha ao latido de um cachorrinho, só que ela tem a capacidade de alterar o timbre do canto, fazendo com que pensemos que ela está perto, quando está longe, e vice-versa. O primeiro bichinho a ser fotografado foi a “mariposa bicho-papão”, a qual tem um pintura nas asas que formam o rosto de um bicho em 3D. A cada dia surgia um bicho diferente. O Urutau (também chamado de mãe-da-lua) possui um canto sinistro-melancólico e permanece imóvel por horas, realmente parecendo um pedaço de pau. Enfim, toda essa riqueza estava lá graças ao trabalho de preservação dos agricultores agroflorestais e às pessoas que se conscientizaram da importância que a mata tem, aos quais dedico esta obra. COMPRAR

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LIVROS IMPRESSOS OU DIGITAIS: QUAL O MELHOR PARA AS CRIANÇAS?

LIVROS IMPRESSOS OU DIGITAIS: QUAL O MELHOR PARA AS CRIANÇAS?

Cada um tem suas vantagens: enquanto um livro impresso permite a experiência do tato e do odor por ser algo fisicamente palpável, um livro digital pode ser lido a qualquer hora e em qualquer lugar, é mais barato e possui recursos de interatividade, bastando ter em mão um smartphone (o que a maioria das pessoas possui e utiliza diariamente). Mas, em termos pedagógicos, os livros digitais podem proporcionar uma melhor experiência de leitura devido aos diferentes recursos de interatividade que podem possuir. Esses recursos podem incluir imagens, sons, dicionário, tradutor e outros tipos de interatividade que a um simples toque surgem automaticamente da tela. Porém, especialistas têm recomendado que, apesar de enriquecerem a experiência de leitura,  não se deve exagerar com esses recursos, a ponto de atrapalhar o fluxo do texto: excesso de imagens, sons e links podem desviar a atenção do leitor, quebrando o ritmo da leitura. 

Um exemplo de um bom equilíbrio de interatividade é o livro “O Elefante Maluco”, do autor Wilson Pailo, que possui apenas alguns sons que podem ser acessados pelo leitor em determinados momentos da história, de modo a enriquecer a leitura sem interferir no ritmo e musicalidade do texto em versos. Já em “Vamos Desenhar o João”, do mesmo autor, existe a opção de ouvir a narração completa da história, o que permite a leitura para crianças ainda não alfabetizadas. 

Existem vários estudos a respeito, mas as conclusões ainda não são suficientes para apontar qual seria o melhor. Como dito anteriormente, cada um tem suas vantagens, mas com certeza, os livros digitais vêm ganhando espaço por sua praticidade e riqueza de experiências proporcionadas. 

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A História Por Trás da História de – O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

A História Por Trás da História - O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

Escrito em 2017, após levantar-me pela manhã, eu estava indo para a cozinha quando a palavra “caramujo” surgiu em minha mente. A partir daí, sentei-me e escrevi a história. O esboço do Caramujo demorou pra sair: fiz vários ensaios, mas nenhum conseguia expressar o realmente era pra ser o personagem. Precisava ser um caramujo com aspecto frágil, mas, ao mesmo tempo, simpático. O amigo iluminado do caramujo foi decidido mais tarde. Teria que ser alguém que lhe desse uma boa ideia. Pensei primeiramente, em uma “esperança”, um bichinho verde, parente dos gafanhotos e que parece uma folha verde; cheguei a desenhar alguns, mas senti que não era o melhor representante de alguém iluminado. O vaga-lume foi uma consequência lógica, pois o bichinho produz a própria luz e, por que não levar essa luz para alguém? A ideia de fazer o vaga-lume vestido com trajes típicos de Portugal foi uma homenagem a um amigo lusitano, que certa vez, com toda sua simplicidade, falou-me algo muito simples e que resolveu um problema que me preocupava fazia anos. O personagem do vaga-lume da história possui um modo bastante particular de raciocínio, aparentemente ingênuo e, mesmo, tolo, mas que, no final, com toda essa simplicidade, acaba demonstrando muita sabedoria. Às vezes vejo que buscamos soluções complexas para problemas grandes, ou achamos que determinado problema sequer tem solução. Porém, de repente, aparece alguém à primeira vista simplório, ingênuo, mas que com uma pequena e simples frase desfaz todo nosso drama, sugerindo uma simples solução.

Vaga-lume

A história fala de superação, de usar um problema como motivação para construir algo novo e/ou melhor. Fala sobre o bem oculto em todo mal, ou seja, algo que a princípio é ruim (no caso, as diversas limitações que o Caramujo tinha para fazer o que queria), mas que acaba sendo uma mola propulsora para o desenvolvimento e evolução. Fala, também, sobre o bulling, que, na maioria das vezes, é feito por pessoas frustradas consigo mesmas e que procuram se sentir melhor colocando os demais para baixo. No caso do Caramujo, ele consegue transformar os bulliers em admiradores dando a eles o que eles gostariam de ter ou ser. A história fala, ainda, de altruísmo, quando o Caramujo passa a usar sua invenção para auxiliar pessoas com dificuldade de movimentos, e não apenas para satisfazer suas próprias necessidades; fala, também, de responsabilidade com a sustentabilidade, quando o Caramujo inventa uma embalagem biodegradável para a “raspadinha”, preocupando-se com as consequências adversas que sua invenção poderia trazer e investindo em uma solução para esse problema (no caso, embalagens que se transformam em fertilizante), lembrando, assim, da necessidade de termos uma abordagem holística e responsável sobre nossas atitudes e invenções. Fala, ainda, de criatividade, de acreditar em si mesmo, no despertar de talentos que cada um possui, e da necessidade do esforço e determinação para se chegar a um resultado (como dizia Thomas Edson, o sucesso dele era resultado de 1% inspiração e 99% transpiração!). Com relação às ilustrações, a história começa com um cenário com grama verde e céu azul e passa para um cenário cinza e triste, representando o aspecto emocional de nosso herói após tantas decepções e desincentivo. Porém, no final, ao descobrir sua vocação, um sol irradiante se abre para ele. De modo algum a história sugere que todo mundo deve superar seus limites a qualquer custo, mas, sim, a partir de um problema próprio ou de outrem, buscarmos soluções para a construção de um mundo melhor para todos. COMPRAR

 

 

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A História Por Trás da História de – Um Gato de Cara Quadrada

A História Por Trás da História - Um Gato de Cara Quadrada

Certa vez fui à casa de um amigo e havia um gato branco que me chamou a atenção por ter um corpinho compacto e um focinho bem curto, fazendo com que tivesse uma cara “quadrada”. Não sei de que raça era, mas isso serviu de inspiração para escrever esta história. Porém, nesse livro o principal não é o gato em si ou fato do personagem ser muito afoito e estar sempre trombando nas coisas, mas, sim, a métrica das rimas. Rimas e matemática tem tudo a ver com arranjos e combinações, uma vez que, de um universo grande de palavras que formam um idioma, extraímos aquelas que devem expressar uma ideia ou sentimento com “precisão poética”. Com isso, geramos uma musicalidade especial ao ler o texto. No caso dessa história, a palavra “quadrada”, além de descrever a cara do gato, dá a musicalidade “quadrada” ao texto, fazendo com que a leitura seja feita aos “soquinhos”, como se estivéssemos descendo por uma escada. Colocamos, abaixo, o áudio de parte do texto para que o leitor tenha uma ideia mais precisa:

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A História Por Trás da História de – O Menino Que Brigou Com o Chuveiro

A História Por Trás da História – O Menino Que Brigou Com o Chuveiro

Essa história foi escrita em 2014 para complementar o livro anterior, A Menina Que Brigou Com o Pente. Queria escrever algo sobre meninos, porém, eu pensava que não querer tomar banho era coisa só deles, durante aquela fase entre os 8 aos 11, 12 anos. Mas, para minha surpresa, ouvi de muitos pais que isso também acontece com as meninas. Mas, a inspiração para essa história veio de vários acontecimentos e experiências próprias: eu mesmo, lembrando-me da vez que cheguei ficar 15 dias sem banho durante o gelado inverno de Curitiba lá pelos idos de 1975 (eu sei, podem ficar espantados, mas foi o ano em que nevou por lá! E, também, não foi por falta de minha mãe me mandar tomar banho!). O cabelo cheirava mal, com certeza, pois uma vez, brincando de lutar com outro menino, senti um cheiro forte no cabelo dele, igual ao de alguns bichos que tinha no zoológico da cidade. 

Lembro-me, também, de uma colega de escola que estava sempre arrumadinha, com o uniforme passadinho, o cabelo penteado, sapatinho de verniz, educadíssima e muito inteligente. Não era a menina de quem eu gostava, mas, certo dia, durante a saída da escola, vi quando seu pai veio de encontro a ela (lembro-me de que ele era empresário do ramo de mineração) e, quando lhe deu a mão, a menina falou algo para ele, como “é aquele menino ali”, olhando e sorrindo discretamente para mim. O homem me olhou e também sorriu. Só me lembro de pensar em o quanto eu estava sempre sujinho, por não tomar banho direito e estar com o uniforme sempre amassado e sujo de tanto brincar no recreio e que, apesar de tudo isso, pelo jeito, ela gostava de mim. Continuei gostando da outra, mas isso serviu de alerta para me cuidar melhor!

Outro fato que contribuiu como inspiração ocorreu 45 anos mais tarde quando, depois de eu sair do banho, cheguei para minha esposa e disse: — Vê se eu tô cheirosinho? Ela achou isso muito engraçado, respondendo-me com um belo e carinhoso sorriso! 

Assim, somando esse fato aos quinze dias sem banho e à menina arrumadinha que eu acho que gostava de mim, misturei tudo para escrever O Menino Que Brigou Com o Chuveiro. Acrescentei um pouco de drama (que dizem ser coisa de homem) e o fato de em nossa sociedade muitas pessoas prestarem atenção mais nas aparências que na essência (até que alguém vem trazer uma luz e muda nossa forma de pensar!). 

A ideia fundamental foi fazer uma história divertida, escrita em rimas, que falasse não apenas da importância do banho, mas, principalmente, do respeito, da valorização da essência e da necessidade de estarmos sempre abertos a mudanças e ao aprendizado. 

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