Contos e Romances

Contos e Romances

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ABISMO POENTE – Whisner Fraga

Abismo poente é uma narrativa ou um conjunto de contos sobre a imigração libanesa para uma pequena cidade do interior mineiro. É por meio de impressões e lembranças do narrador, mediadas pela personificação do exótico, do estrangeiro, do diferente, representados por Helena e Afif, que o leitor começa a compreender uma história de preconceitos e de incompreensões. A obra está dividida em nove partes, construídas de maneira que podem ser lidas em seu conjunto, como um romance ou individualmente, como um livro de contos. Algumas narrativas foram premiadas em importantes concursos literários e, a priori, não são inéditas, pois figuraram em antologias oriundas destes certames. Entretanto, estes textos, agora reapresentados em “abismo poente”, aparecem revisados e profundamente modificados. As nove histórias aqui reunidas foram agraciadas com um prêmio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e é graças a este incentivo que o livro chega ao leitor. O autor da obra não é nenhum iniciante em literatura e neste seu sexto livro insere definitivamente seu nome entre os bons escritores contemporâneos de nosso país. Disponível impresso e-book.

SOL ENTRE NOITES – Whisner Fraga

Aquele que deixa sua pátria enfrenta questões muito mais profundas do que as geográficas. O imigrante se defronta, muitas vezes, com uma nova língua, com um clima diferente daquele a que se acostumou durante toda a vida, com uma vegetação estranha, e satisfazer suas necessidades mais básicas se torna um desafio. Sol entre noites aborda a perda de identidade, o processo de transformação de um ser humano em um apátrida. Este romance dá continuidade ao tema abordado no emblemático Abismo poente, de Whisner Fraga e ao estilo radical do autor, que leva as figuras de linguagem às últimas consequências, sem deixar de lado uma história sedutora, que tem como pano de fundo a Operação Litani, durante a qual milhares de libaneses foram exterminados, em 1978.
Com a história da imigração libanesa para o Brasil como ponto de partida, o autor discorre sobre diversas formas do sentir-se estrangeiro. É a solidão forçada: a guerra, a ambição, a curiosidade, expulsam o homem de seu conforto. Youssef, Malika, Helena, Hanni, Afif, criaturas à procura de si próprias. A poesia entoada neste Sol entre noites enobrece a prosa, tornando-a uma combinação primorosa de sofrimento e delicadeza. Disponível impresso e e-book.

PRIVILÉGIO DOS MORTOS Whisner Fraga

Em “O privilégio dos mortos”, o narrador viaja de volta à cidade natal, Tejuco, no interior do estado de Minas Gerais, para visitar o túmulo de seu melhor amigo. Durante a viagem, o narrador, sempre em uma conversa íntima com Helena, personagem que nunca se conhece, de fato, inicia uma busca por suas origens, e descobre que sua história é contaminada pela história de sua terra. Helena é a interlocutora e Helenice é a mulher que é o contraponto de Helena: real, inquieta, livre. O narrador não suporta qualquer tipo de liberdade, ao mesmo tempo que a procura, pois é atraído pelo antagônico.
A trama é narrada de seis maneiras diferentes, sob seis ópticas, que se contrapõem, se contradizem e se complementam. A narrativa se passa nos anos 1990, mas o narrador muitas vezes fala de épocas um pouco mais remotas, em especial os anos 1960, quando procura entender sobre os pais e sobre o que se tornou sua cidade e seu país. Em alguns momentos, a impressão é de que o narrador está em um futuro incerto e utópico, mas com os mesmos problemas de sempre, apenas ressignificados por novas tecnologias.
“O privilégio dos mortos” sinaliza a reflexão à qual alguns de nós se lança ao encarar a morte do outro, de alguém que tem participação marcante na nossa biografia. É a vida se revelando, em todas as suas complexidades e catarses, na hora de um adeus que se enquadra no definitivo. Ao abordar essa velha questão da morte, tema sempre atual, o autor traz para discussão outras ordens do dia: violência contra a mulher, racismo estrutural, ineficiência do estado, misoginia, machismo, solidão em uma sociedade polarizada e o mito do brasileiro cordial. Diante destas fugas, o narrador se apega ao niilismo de Nietzsche: o privilégio dos mortos é não ter de morrer novamente. Disponível impresso e-book.