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A História Por Trás da História de – O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

A História Por Trás da História - O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

Escrito em 2017, após levantar-me pela manhã, eu estava indo para a cozinha quando a palavra “caramujo” surgiu em minha mente. A partir daí, sentei-me e escrevi a história. O esboço do Caramujo demorou pra sair: fiz vários ensaios, mas nenhum conseguia expressar o realmente era pra ser o personagem. Precisava ser um caramujo com aspecto frágil, mas, ao mesmo tempo, simpático. O amigo iluminado do caramujo foi decidido mais tarde. Teria que ser alguém que lhe desse uma boa ideia. Pensei primeiramente, em uma “esperança”, um bichinho verde, parente dos gafanhotos e que parece uma folha verde; cheguei a desenhar alguns, mas senti que não era o melhor representante de alguém iluminado. O vaga-lume foi uma consequência lógica, pois o bichinho produz a própria luz e, por que não levar essa luz para alguém? A ideia de fazer o vaga-lume vestido com trajes típicos de Portugal foi uma homenagem a um amigo lusitano, que certa vez, com toda sua simplicidade, falou-me algo muito simples e que resolveu um problema que me preocupava fazia anos. O personagem do vaga-lume da história possui um modo bastante particular de raciocínio, aparentemente ingênuo e, mesmo, tolo, mas que, no final, com toda essa simplicidade, acaba demonstrando muita sabedoria. Às vezes vejo que buscamos soluções complexas para problemas grandes, ou achamos que determinado problema sequer tem solução. Porém, de repente, aparece alguém à primeira vista simplório, ingênuo, mas que com uma pequena e simples frase desfaz todo nosso drama, sugerindo uma simples solução.

Vaga-lume

A história fala de superação, de usar um problema como motivação para construir algo novo e/ou melhor. Fala sobre o bem oculto em todo mal, ou seja, algo que a princípio é ruim (no caso, as diversas limitações que o Caramujo tinha para fazer o que queria), mas que acaba sendo uma mola propulsora para o desenvolvimento e evolução. Fala, também, sobre o bulling, que, na maioria das vezes, é feito por pessoas frustradas consigo mesmas e que procuram se sentir melhor colocando os demais para baixo. No caso do Caramujo, ele consegue transformar os bulliers em admiradores dando a eles o que eles gostariam de ter ou ser. A história fala, ainda, de altruísmo, quando o Caramujo passa a usar sua invenção para auxiliar pessoas com dificuldade de movimentos, e não apenas para satisfazer suas próprias necessidades; fala, também, de responsabilidade com a sustentabilidade, quando o Caramujo inventa uma embalagem biodegradável para a “raspadinha”, preocupando-se com as consequências adversas que sua invenção poderia trazer e investindo em uma solução para esse problema (no caso, embalagens que se transformam em fertilizante), lembrando, assim, da necessidade de termos uma abordagem holística e responsável sobre nossas atitudes e invenções. Fala, ainda, de criatividade, de acreditar em si mesmo, no despertar de talentos que cada um possui, e da necessidade do esforço e determinação para se chegar a um resultado (como dizia Thomas Edson, o sucesso dele era resultado de 1% inspiração e 99% transpiração!). Com relação às ilustrações, a história começa com um cenário com grama verde e céu azul e passa para um cenário cinza e triste, representando o aspecto emocional de nosso herói após tantas decepções e desincentivo. Porém, no final, ao descobrir sua vocação, um sol irradiante se abre para ele. De modo algum a história sugere que todo mundo deve superar seus limites a qualquer custo, mas, sim, a partir de um problema próprio ou de outrem, buscarmos soluções para a construção de um mundo melhor para todos. COMPRAR

 

 

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