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DEZ LIVROS DIGITAIS INFANTIS PARA LER NO CELULAR

Neste artigo não pretendemos fazer uma comparação entre livros impressos e livros digitais, mas, sim, demonstrar que estes são um meio alternativo de leitura e que possuem recursos bastante interessantes, inclusive para livros infantis.

E-books em PDF: nem sempre a melhor saída

Os smartphones são, hoje em dia, uma ferramenta presente nas mãos da maioria das pessoas. Estima-se que só no Brasil existam 230 milhões desses aparelhos (tem mais celular que gente!). Apesar de eu acreditar que é possível viver sem um, penso que, já que eles existem e trazem tantas facilidades ao nosso dia-a-dia, é interessante tirarmos proveito dessa tecnologia nas mais diferentes áreas, inclusive na leitura de livros infantis. Apesar da praticidade de se ter os livros “sempre à mão”, dos e-books serem mais baratos e ecológicos que os livros impressos, etc., etc. e etc., é preciso destacar que existem e-books e e-books. Há aqueles feitos de um simples arquivo PDF, que pode ser lido em qualquer smartphone, mas que tem como característica principal o chamado “layout fixo”, ou seja, o texto deve ser ajustado à tela girando-se o celular de lado ou “dando zoom” no documento com os dedos para aumentar ou diminuir o tamanho das letras. Muito útil quando o documento possui um pequeno número de páginas e poucas ilustrações, pois são fáceis de serem produzidos, porém, em um livro infantil, esse tipo de e-book pode tornar a leitura uma tarefa bastante desagradável. Já tive essa experiência: comprei um livro digital infantil com ilustrações e texto fantásticos, mas simplesmente desisti de lê-lo por estar em PDF. Era impossível!

E Que Tal Texto Refluível em E-books Infantis?

Por outro lado, existem os e-books de layout auto ajustável, ou, como se diz tecnicamente, com texto refluível, onde o texto se ajusta automaticamente ao tamanho da tela, possibilitando, também, alterar o tamanho e cor da fonte e a cor do fundo. Em geral, são arquivos no formato E-PUB e permitem uma leitura bastante mais agradável. Porém, esse tipo de arquivo nem sempre é adequado a um livro infantil também, já que, frequentemente, para uma ilustração ser vista, há que se parar a leitura para poder ampliar a imagem, ou, então, a imagem se encontra em uma página e o texto em outra.

Uma Luz no Final do Túnel!

Mas, calma, nem tudo está perdido! Uma terceira alternativa são os e-books feitos “sob medida”, onde texto e ilustração estão dispostos de modo a poderem ser visualizados sem a necessidade de ajustes. No máximo, há que se posicionar o celular na horizontal ou na vertical, dependendo do livro. E, ainda, esses e-books podem conter imagens adicionais (tipo pop up), áudios e/ou vídeos, sem falar na possibilidade de uso de tradutores, marca-textos, e efeito “vira-página”, que imita o virar de uma folha de um livro impresso.

Escolha o Aplicativo Certo!

Porém, um aspecto fundamental que deve ser levado em consideração é o aplicativo que será utilizado para a leitura desse tipo de e-book. Existe uma grande variedade de aplicativos, tanto para a leitura de livros em PDF quanto E-PUB. Contudo, em minha opinião, o que melhor tem atendido às minhas expectativas de uma leitura prazerosa e com possibilidades de acesso a vários recursos multimídia (áudios e vídeos) é o aplicativo KINDLE, fornecido pela Amazon. Além das possibilidades mencionadas (permitir acesso a dicionário, tradutor, marcador de texto, fichas de anotações etc.), é gratuito, pode ser baixado da Play Store ou Apple Store, é fácil de ser instalado, e conecta-se diretamente à loja Amazon, onde podem ser encontrados milhares (para não dizer milhões) de títulos que podem ser adquiridos com apenas “um clique”.

 

E-books Infantis Sob Medida Para Celulares

Mas, então, surge a pergunta: “— OK, já temos o smartphone, o App Kindle instalado… Faltam os livros infantis feitos sob medida! Onde posso encontra-los?”. A seguir, sugerimos dez títulos (um deles em inglês) que com certeza irão agradar crianças de 2 a 102 anos de idade (ou mais), alguns deles com recursos multimídia, mas todos com divertidas histórias escritas em versos e que trazem, também, belas mensagens! São eles:

A MENINA QUE BRIGOU COM O PENTE é uma divertida história sobre uma menina que, com pressa de sair para brincar, não teve paciência de esperar que a mamãe terminasse de pentear seus cabelos e, por isso, acaba envolvendo-se em uma série de confusões. De modo poético e lúdico, este livro fala de atitudes e consequências. Inclui uma atividade que auxilia na interpretação da história e uma segunda história, “As Amigas da Menina Que Brigou Com o Pente”, que fala da importância de valorizarmos mais a essência que a aparência. 17 páginas, indicado para crianças a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O MENINO QUE BRIGOU COM O CHUVEIRO: quem nunca fugiu do banho? Quem já não entrou no banheiro, ligou o chuveiro, mas só molhou um pouquinho o cabelo para enganar a mamãe? Quem nunca conheceu alguém que fez o coração bater mais forte, ou que fez repensar seu jeito de ser? Pois é: este livro fala dessas pequenas travessuras que a maioria das crianças faz e das doces descobertas que esta fase da vida proporciona. Escrita em versos, “O Menino Que Brigou Com o Chuveiro” é uma história divertida e permeada de inocência, emoção e aprendizado, que complementa o livro A MENINA QUE BRIGOU COM O PENTE, e que com certeza irá cativar crianças e adultos. 17 páginas, indicado para crianças a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O ELEFANTE MALUCO: quase sempre sonhamos enquanto dormimos, não é? Têm sonhos que são engraçados; outros dão medo; têm os que não fazem nenhum sentido, enquanto outros parecem muito reais! Alguns sonhos a gente consegue lembrar bem deles; já outros, a gente sequer lembra que sonhou. Seja lá como for, os sonhos sempre mexem com nossas emoções. Acompanhe essa divertida história de um menino que sonhou com um elefante muito maluco, que apronta muitas peripécias e bizarrices, ao mesmo tempo em que vai despertando diferentes reações em nosso herói. Ao final, de um modo muito simples, o menino explica o que são os sonhos e como eles aparecem durante nosso sono. Livro interativo escrito em versos, contendo áudios das bizarrices do elefante. 24 páginas, a partir dos 5 anos de idade. AMOSTRACOMPRAR.

AHÁ! ENGANAMOS VOCÊS, MELHOR OLHAREM OUTRA VEZ: BICHOS QUE PARECEM, MAS NÃO SÃO!: livro interativo, com narração, fotografias e canto de pássaros. Esta obra é uma coletânea de fotos de insetos e pássaros que usam incríveis camuflagens para enganar predadores e presas. Cada fotografia acompanha um pequeno poema que, de forma lúdica, convida o leitor a interagir com o livro. Cada página possui ícones de interação: para ouvir os versos, basta tocar no ícone do alto-falante; se o leitor não conseguiu enxergar o bicho, basta tocar em “Ver o Bicho”; o canto de cada pássaro pode ser ouvido ao tocar no ícone do passarinho. Que tal tentar descobrir onde estão esses bichinhos? 15 páginas. Idade: a partir dos 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

VAMOS DESENHAR O JOÃO?: Penso que uma das coisas mais singelas que existe é um desenho feito por uma criança, pois ali está a expressão de muitas coisas: da percepção dela a respeito do mundo; a manifestação de suas habilidades manual e cognitiva; características da personalidade; e, principalmente, da imaginação! Às vezes um rabisco pode representar muita coisa (vide a história do Pequeno Príncipe e a cobra que engoliu um elefante!). Por isso, esse livro é dedicado ao desenho e à imaginação e serve para crianças e adultos, também. Escrito, ilustrado e narrado pelo próprio autor que, de modo poético e detalhado, página por página vai desenhando o personagem chamado João. 15 páginas. Livro interativo. A partir de 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

UM GATO DE CARA QUADRADA: esta é a história de um gatinho atrapalhado que vive trombando nas coisas. Tanto assim que o próprio livro é roxo! Já o gatinho é verde, por que esta é apenas uma história, ou seja, este gatinho não é de verdade. Ele é um personagem que foi inventado para nos lembrar de que devemos ter cuidado com nossos movimentos e não sermos tão afoitos. O texto tem uma peculiaridade: segue uma musicalidade que faz parecer como se estivéssemos descendo uma escada aos “soquinhos”. Por isso foi diagramado “em cascata”. Desse modo, não só a cara do gato é quadrada, mas o modo de ler o livro também. Texto em versos. 10 páginas; idade a partir de 3 anos. AMOSTRACOMPRAR.

EI, ALGUÉM VIU O MERVAL?: gatinhos são bichinhos muito espertos. Mas, de vez em quando eles resolvem desaparecer, deixando seus donos desesperados. Acompanhe o desenrolar dessa procura por um gatinho chamado Merval, aonde a emoção vai tomando conta das pessoas a ponto de fazer com que imaginem as coisas mais bizarras! Mas, no final, uma grata surpresa faz com que todos voltem ao seu estado de serenidade. 17 páginas. Idade: a partir de 2 anos. AMOSTRACOMPRAR.

O CARAMUJO QUE NÃO ERA BOM EM NADA: este livro conta a história de um simpático caramujo que queria fazer muitas coisas, mas encontrava inúmeras limitações devido ao seu corpo de molusco. Porém, um dia encontra um amigo que se propõe a ajudá-lo (apesar de suas ideias, à primeira vista, tolas e sem utilidade). Contudo, por detrás de sua aparente tolice reside muita sabedoria, o que ajuda nosso personagem descobrir todo seu incrível potencial. Uma história que, com sensibilidade, poesia e bom humor, fala sobre amizade, superação, autoconfiança, determinação, senso de responsabilidade e outras virtudes. Texto em versos. 45 páginas. Idade: a partir de 5 anos. AMOSTRACOMPRAR.

A ARARA AZUL: um menino; um sonho; uma revelação; um despertar. Uma história permeada de simbolismo e filosofia, os quais são apresentados através de poesia e belas ilustrações. Ao final, um glossário, que auxilia o leitor na interpretação de cada elemento presente na história. Uma visão holística e espiritual do ser humano, sua trajetória e sua relação com o Universo. Livro interativo contendo áudio. 21 páginas. Idade: a partir do 8 anos. AMOSTRACOMPRAR.

MY HEART: this book is about choices, about encouragement for reading and thinking, and about guidance for life. The story happens at the boy’s grandpa’s library. There, he has a great surprise with the magical way he has access to the books. Exploring the library section by section, he was amazed with the world of fantasy and imagination he found in the children’s books; the encyclopedias also gave him their wise contribution; and, nevertheless, he learned wonderful lessons about History, Arts and Science. However, his most exciting experience comes when he makes a special discovery. This discovery teaches him an important message about himself and about life. Includes a section called “My Heart’s Messages”, where you can find explanations about meaningful lessons from the story, and a section called “My Heart’s Little Secrets and Curiosities”, which tells about peculiarities of some illustrations. Poetry for children. 65 pages, ilustrated. Ages from 5 to 105 years old, and beyond! SAMPLEBUY IT.

Para mais informações, visite o site www.sjeditora.com.br. Convidamos você a bater um papo com o autor na aba “Bate-papo/A História Por Trás da História”. Conheça, também, nossos projetos e serviços!

 Uma boa leitura digital!

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Ahá, Enganamos Vocês! Bichos Que Parecem, Mas Não São!

Ahá, Enganamos Vocês! Bichos Que Parecem, Mas Não São!

Entre 2012 e 2016, após retornar os EUA, morei em uma cidadezinha chamada Barra do Turvo, localizada no Vale do Ribeira, estado de São Paulo. A cidade tem ao redor de 7.800 habitantes e sua economia baseia-se a agricultura de subsistência. Mas, sua verdadeira riqueza está em suas montanhas, suas nascentes de águas cristalinas, seu ar puro e povo hospitaleiro. Como eu fui parar lá? Bem, a história começa quando eu tinha quinze anos e ouvi falar sobre “A Caverna do Diabo”, localizada em Iporanga, SP. Pensei em ir até lá de bicicleta e, olhando em um mapa, vi que o caminho mais curto passava por Barra do Turvo. A viajem nunca aconteceu, mas, por alguma razão, o nome “Barra do Turvo” ficou gravado em minha memória. Quase trinta anos se passaram e, depois de muitas andanças e experiências profissionais em diversas áreas, resolvi, como Engenheiro Agrônomo, atuar em algo que deveria ter feito desde que me formei: Agroecologia. Fiquei sabendo de uma cooperativa de agricultores que produziam seus alimentos no sistema chamado Agrofloresta e, adivinhem onde ficava a cooperativa? Isso mesmo, Barra do Turvo. Lá na Barra conheci o Pedro e a Maria, proprietários do “Centro de Envolvimento Agroflorestal Felipe Moreira” e, depois de algumas visitas e troca de ideias, resolvi mudar-me para lá. Entre outros afazeres, fui dar aulas na Escola Estadual Professor Luiz Darly Gomes de Araújo, nas matérias de biologia, química, física, geografia, inglês e, também, filosofia! Lembro-me que nos primeiros dias os estudantes me olhavam com estranheza, até que fui dar aula em uma turma de primeiro ano do ensino médio. Apresentei-me como o novo professor de física e comecei a falar sobre “Movimento Retilíneo Uniforme – MRV”.  Após uns quinze minutos falando, uma menina levantou a mão e perguntou: “— Professor, é verdade que o senhor morou nos Estados Unidos?”. Ao responder que sim, ela prosseguiu: “— E o que é que o senhor veio fazer nesse buraco de fim de mundo chamado Barra do Turvo?”. E, então, respondi: “— Vou dizer uma coisa para vocês: já morei em várias partes do Brasil e, durante dez anos, na Califórnia, Estados Unidos, um estado que, sozinho, é considerado a quinta economia do mundo! Lá eu morei em várias cidades do vale central, mas em nenhuma delas eu podia usar a água da torneira para beber ou, mesmo, para cozinhar, porque a água era contaminada por vários resíduos químicos, como gasolina, agrotóxicos e, até, urina de vaca! Nas escolas havia um mastro onde era hasteada uma bandeira que podia ser verde, amarela ou vermelha. Quando a bandeira estava vermelha, queria dizer que a qualidade do ar estava péssima e que, por isso, as crianças iriam ficar o dia inteiro dentro da sala de aula, sem sair para o recreio! Eu tinha uma casa de dois andares, com ar condicionado central, calefação, dois carros na garagem e uma série de facilidades que são consideradas “qualidade de vida”. Por circunstâncias da vida, tive que deixar tudo para trás e voltei para o Brasil. Mas, isso tudo me fez pensar sobre o que realmente é fundamental para vivermos? E a resposta é: primeiro, alguma coisa ou alguém que nos dá a vida, a qual chamamos de Deus; segundo, o ar, pois a gente consegue ficar sem oxigênio por três a quatro minutos, mas, a partir daí, nosso cérebro começa a se degenerar; terceiro, a água, pois podemos ficar sem tomar água por até cinco dias, mas, depois, nosso corpo começa a entrar em colapso; e, finalmente, alimentos, pois, a menos que consigamos viver de energia solar, podemos ficar até trinta dias sem comer, só que, depois disso, começamos a definhar. Vejam o que fazemos com nosso planeta! Para termos essa tal “qualidade de vida” poluímos o ar, a água e os alimentos, coisas que são realmente fundamentais para nossa vida, em troca de “conforto e comodidades”. Será que isso vale a pena? Olhem ao redor de vocês! Barra do Turvo é repleta de ar puro, fontes de água em abundância e vocês ainda produzem muitos alimentos sem veneno! Isso é uma riqueza incalculável que eu não encontrei em nenhum dos lugares onde eu já vivi. Por isso, jamais chamem Barra do Turvo de buraco, de fim de mundo, pois vocês não sabem a riqueza que isso aqui representa! Na classe fez-se um silêncio profundo até o final da aula. Lecionei por nove meses, até o término do ano letivo. Infelizmente, não consegui aulas para o ano seguinte, indo, então, trabalhar como agrônomo para a prefeitura. Um dia encontrei um ex-aluno e ele me perguntou se eu não iria mais dar aulas. Eu respondi que não, porque, entre outros fatores, o pessoal fazia muita bagunça na sala e não prestava atenção. Mas, então, o que ele me disse fez valer todos os problemas que enfrentei como professor de uma escola pública: “— É, professor, a gente “zoava” muito nas suas aulas, mas aquilo que o senhor falou sobre o ar, a água e Barra do Turvo fez a gente pensar e o pessoal, depois da aula, ficou falando sobre isso”.

Mas, o que esse livro tem a ver com tudo isso? Bem, graças às matas, à diversidade biológica da mata atlântica local e das agroflorestas, esses pequenos seres, insetos, sapinhos e aves, ainda podem ser encontrados. Cada vez que eu encontrava um deles eu os fotografava, até que, um dia, veio-me a ideia de fazer o livro. Dentre eles, destaco o Surucuá, uma ave que tem um canto que se assemelha ao latido de um cachorrinho, só que ela tem a capacidade de alterar o timbre do canto, fazendo com que pensemos que ela está perto, quando está longe, e vice-versa. O primeiro bichinho a ser fotografado foi a “mariposa bicho-papão”, a qual tem um pintura nas asas que formam o rosto de um bicho em 3D. A cada dia surgia um bicho diferente. O Urutau (também chamado de mãe-da-lua) possui um canto sinistro-melancólico e permanece imóvel por horas, realmente parecendo um pedaço de pau. Enfim, toda essa riqueza estava lá graças ao trabalho de preservação dos agricultores agroflorestais e às pessoas que se conscientizaram da importância que a mata tem, aos quais dedico esta obra. COMPRAR

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LIVROS IMPRESSOS OU DIGITAIS: QUAL O MELHOR PARA AS CRIANÇAS?

LIVROS IMPRESSOS OU DIGITAIS: QUAL O MELHOR PARA AS CRIANÇAS?

Cada um tem suas vantagens: enquanto um livro impresso permite a experiência do tato e do odor por ser algo fisicamente palpável, um livro digital pode ser lido a qualquer hora e em qualquer lugar, é mais barato e possui recursos de interatividade, bastando ter em mão um smartphone (o que a maioria das pessoas possui e utiliza diariamente). Mas, em termos pedagógicos, os livros digitais podem proporcionar uma melhor experiência de leitura devido aos diferentes recursos de interatividade que podem possuir. Esses recursos podem incluir imagens, sons, dicionário, tradutor e outros tipos de interatividade que a um simples toque surgem automaticamente da tela. Porém, especialistas têm recomendado que, apesar de enriquecerem a experiência de leitura,  não se deve exagerar com esses recursos, a ponto de atrapalhar o fluxo do texto: excesso de imagens, sons e links podem desviar a atenção do leitor, quebrando o ritmo da leitura. 

Um exemplo de um bom equilíbrio de interatividade é o livro “O Elefante Maluco”, do autor Wilson Pailo, que possui apenas alguns sons que podem ser acessados pelo leitor em determinados momentos da história, de modo a enriquecer a leitura sem interferir no ritmo e musicalidade do texto em versos. Já em “Vamos Desenhar o João”, do mesmo autor, existe a opção de ouvir a narração completa da história, o que permite a leitura para crianças ainda não alfabetizadas. 

Existem vários estudos a respeito, mas as conclusões ainda não são suficientes para apontar qual seria o melhor. Como dito anteriormente, cada um tem suas vantagens, mas com certeza, os livros digitais vêm ganhando espaço por sua praticidade e riqueza de experiências proporcionadas. 

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Por que o homem foi feito de barro – Uma breve explanação sobre a vida

            Dizer que Deus fez o homem a partir do barro é obviamente uma metáfora. Física ou quimicamente falando-se, talvez até fosse possível. Porém, a explicação se refere, na verdade, à questão espiritual. A argila é moldável, assim como o homem o é aos olhos de Deus. Em princípio, Deus nos dá liberdade para moldarmos a nossa própria personalidade através da Lei do Livre Arbítrio. Somos livres para escolher o que queremos ser, o que queremos fazer, como fazer, etc. Deus nos dá a capacidade de, à medida que avançamos em nossas experiências, construirmos nosso próprio destino.

            Contudo, nossa liberdade não nos exime de responsabilidade. Toda ação tem um reação, e toda causa tem um efeito. Nossos atos têm consequências e devemos responder por eles. Assim, dependendo do que fazemos na vida presente, encontraremos uma reação correspondente em um futuro imediato ou distante. Começa aí o papel de Deus em nossa modelagem. Através das diversas Leis que regem o Universo, Deus trabalha moldando as pessoas, oferecendo constantemente oportunidades de aprendizado e aprimoramento. Isso não anula de forma alguma a Lei do Livre Arbítrio, através da qual temos sempre a opção de escolher o caminho que quisermos, até mesmo o de chegar ao ponto extremo e raro de sermos considerados como causa perdida.

            Através da Lei de Causa e Efeito, verdadeiras boas ações e bons pensamentos geram efeitos positivos. Maus pensamentos e ações geram seus efeitos correspondentes. O processo é bastante dinâmico, porém, nem sempre conseguimos discernir boas de más ações pois, embora seja paradoxal, existe sempre um bem oculto em todo mal. A razão dessa dificuldade de discernimento é que, com o passar dos séculos, o acúmulo de ações e reações geraram uma verdadeira trama de karmas que devem ser saldados no momento e medida exatos, independentemente se a pessoa acredita nisso ou não. Karmas que estão para serem colhidos surgem na nossa vida das mais diversas formas: ao nascermos para a vida física, recebemos um corpo determinado; nascemos em uma especificada família, em época determinada, no local e nas condições perfeitas para que tenhamos os meios dos quais necessitaremos para o pagamento ou usufruto de nosso(s) karma(s). À medida que vamos crescendo, vamos tendo a chance de saldar karmas maduros, bem como poderemos incorrer na criação de novos.

            Sendo assim, o karma nada mais é do que uma oportunidade de aprendizado. É o mecanismo pelo qual nos deparamos com um obstáculo que nos obriga a repensar nossa trajetória. A expectativa Divina é de que mudemos em direção ao aprimoramento. Porém, se essa mudança não ocorrer na direção correta, com certeza teremos nova chance mais adiante. O que conta não é quantas vezes erramos ou quanto tempo levamos para aprender, mas, sim, o que finalmente aprendemos em si.

            Porém, o aprendizado se torna mais fácil e rápido quando damos “permissão” a Deus para que Ele nos modele. Essa permissão significa “colocarmos nossa vida à disposição de Deus”. Isso não quer dizer que assumiremos uma postura de passividade absoluta, onde passamos a crer que tudo “cairá do céu”, ou que não somos responsáveis por nossos atos ou destino. Pelo contrário: quanto mais ativa nossa participação, mais rápida será nossa evolução. “Deus coloca diante de nós a estrada, mas o trabalho de caminhar é nosso!”.

Permitir ser modelado incorre em aceitar os testes aos quais seremos submetidos. Esses testes colocarão em prova nossas virtudes, nosso conhecimento sobre a Sabedoria Divina, e nossa fé. Portanto, é preciso saber que tanto as dificuldades como as bem-aventuranças são oportunidades de aprendizado e que devem ser benditas e agradecidas! É certo que há situações em que se torna quase impossível para a mente humana, no atual estágio de desenvolvimento espiritual em que nos encontramos, compreender como é possível alguém nascer ou estar em determinadas condições aonde a dor e a privação vão além de qualquer limite imaginável, e qual seria o bem oculto nisso. Contudo, mesmo assim, as Leis de Deus se aplicam. Devemos lembrar sempre de que nenhuma prova é maior que a capacidade de cada um em superá-la.

            A permissão para a “modelagem” é ratificada à medida que nos desapegamos das coisas terrenas, sejam elas bem materiais ou pessoas, e mantemos nosso foco nas questões Divinas. Isso não quer dizer que devemos nos tornar alienados ao mundo material ou, então, que não nos importaremos mais com as pessoas que nos rodeiam. Pelo contrário, a responsabilidade se torna maior, pois há que se saber que tudo o que temos nos foi emprestado por Deus. Tudo o que temos são como instrumentos fornecidos por Ele para que possamos dar prosseguimento a nossa caminhada.

            Da mesma forma, como parte da permissão para apressar o processo de “modelagem”, é trabalho nosso buscar o conhecimento a respeito da Sabedoria Divina. Além disso, é necessário exercitar esses conhecimentos em nosso dia-a-dia. De nada adianta ter o conhecimento e não empregá-lo. Seria como “acender uma lâmpada e colocá-la debaixo de uma tigela; é preciso colocá-la em um lugar onde a luz se propague e ilumine todo o ambiente”. É preciso, assim, colocar o conhecimento adquirido em prática, através de atos, palavras e pensamentos.            A busca pelo crescimento e aperfeiçoamento físico, mental e espiritual depende do esforço de cada um. Por isso, estudamos, trabalhamos, nos alimentamos, nos relacionamos, nos emocionamos, etc., como forma de coletarmos experiências que irão servir em nosso desenvolvimento. Porém, quando esse esforço é direcionado de maneira correta, ou seja, apoiado na Sabedoria Divina, o progresso físico, mental e espiritual é recompensado por certo. Não necessariamente essa recompensa vem em forma material (se assim o fosse, o necessário desapego aos bens materiais não faria sentido), mas, por certo, vem como capacidade de conhecer e compreender a própria Sabedoria. Qual a vantagem disso? É a real felicidade, o verdadeiro estado de paz de espírito, o amor puro e sublime, a consciência cósmica; a verdadeira liberdade, onde já não existe sofrimento, pois não somos mais atados a nenhum sentimento de posse, vaidade, egoísmo, orgulho ou ganância. Tornamo-nos instrumentos de manifestação da Luz, da Graça e da Beleza de Deus. O caminho para se chegar a esse estado não é tarefa fácil, pois requer devoção, abnegação, disciplina, amor e fé; exercícios diários de compaixão, humildade e sentimento de gratidão para com Deus, mesmo nas horas mais difíceis. Porém, o prêmio é compensador, ao ponto de ser praticamente impossível a sua transcrição em palavras. Somente aqueles que acreditaram e se dedicaram à Senda conhecem o significado dessa vitória.

Extraído do livro Passo a Passo: poemas e reflexões

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A História Por Trás da História de – A Arara Azul

A História Por Trás da História - A Arara Azul

Essa história começou a ser escrita em 19 de fevereiro de 2019 e foi concluída cerca de vinte dias depois. Não houve propriamente uma inspiração sobre a história em si, mas um bizarro ponto de partida. Esse ponto de partida surgiu certo dia, quando eu desci pelo elevador até o térreo e ao abrir a porta dei de cara com um vizinho chato que mora no mesmo prédio. E, aí, veio-me a frase “E logo de cara com quem se depara?”. Pensei que isso poderia ser um refrão a ser usado em uma história. Passei, então, a pensar em coisas que rimavam com cara e depara. A primeira palavra foi “arara”. Mais tarde, comecei a escrever a história: um menino, em busca de aventuras, que entrou em uma mata e se deparou com a arara; a arara voou e ele a seguiu; seguiu até aonde? Um rio. Para rimar com rio… Anil. Então a arara era azul anil. Depois o rio era largo, profundo e manso (já pensando que o rio faria uma alusão à Consciência Universal). O ganso rimaria com manso, porém, já se delineava, aí, um significado: um ganso pairando na água de um rio sereno, com a superfície de espelho; mas, surgiram perguntas: por que um ganso? Essa não é uma ave que se encontra normalmente em uma floresta! Qual o sentido disso? Outra coisa importante: e daí? Depois disso, o que aconteceria? Onde a história iria chegar? E mais um “problema”: o cuidado de não instigar as crianças, e adultos também, a adentrarem na mata sem ter conhecimento e experiência! Enfim, a história precisava de um sentido e não poderia incitar os leitores a correrem riscos. Então, a “inspiração” teve que ser buscada. Foi como criar algo do zero, sem nenhuma pista, construindo um texto verso a verso, como se entra em uma mata fechada e não se consegue enxergar o sol ou mais além de alguns metros, impossibilitando ter noção de onde estamos indo. Quando já havia escrito uma boa parte, mais ou menos o meio da história, veio a ideia de um menino sonhando. E nesse sonho ele caminhava por um estreito caminho (baseado em um poema escrito anteriormente por mim, intitulado Passo a Passo), em um estranho lugar. Sendo um sonho, não incitaria explicitamente alguém a entrar em uma mata. Por ser um estreito caminho e um estranho lugar, veio-me a ideia dos portais e seus significados (baseado em um outro poema de minha autoria, intitulado  Doce Naufrágio). Aos poucos a história foi tomado um rumo, foi tomando sentido: um sonho, uma mudança de consciência… Faltava a conclusão: havia uma arara, um ganso, um jabuti; em cada situação ele aprendia ou despertava sua consciência sobre alguma coisa. Mas, e o desfecho? Pensei em muitas possibilidades, em falar sobre não termos o direito de desperdiçar nada, pois tudo custa o sacrifício de recursos; e/ou, a necessidade de nos conectarmos com a Consciência Cósmica; lei de ação-reação; o retorno à Mãe Natureza; etc., etc. Havia muitas alternativas, mas nenhuma ia ao âmago da questão. Lembrei-me da cena do poeta no filme “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, de Tim Burton, 2003, onde em uma determinada cidadezinha havia um poeta que há doze anos estava tentando concluir a estrofe “Rosas são vermelhas; violetas são azuis…” E não saía disso. Depois de uma semana me sentindo como o tal poeta, finalmente cheguei ao desfecho.

O lado místico da história foi sendo identificado depois. Eu já havia ouvido falar em Hermetismo, mas nunca havia lido a respeito. Depois da história pronta, fui identificando os elementos que faziam referência aos Sete Princípios Herméticos. Descobri, também, o significado oculto da arara, do jabuti e da serpente e toda a simbologia que havia. Enfim, foi uma história que teve que ser “escavada”, “garimpada”, extraída de uma pedra bruta que teve que ser quebrada (minha própria mente), removendo-se uma montanha de pedras até encontrar um sentido para ela. Mas acho que, no final desse processo todo, quem acabou se encontrando, mesmo, fui eu. COMPRAR

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A História Por Trás da História de – O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

A História Por Trás da História - O Caramujo Que Não Era Bom Em Nada

Escrito em 2017, após levantar-me pela manhã, eu estava indo para a cozinha quando a palavra “caramujo” surgiu em minha mente. A partir daí, sentei-me e escrevi a história. O esboço do Caramujo demorou pra sair: fiz vários ensaios, mas nenhum conseguia expressar o realmente era pra ser o personagem. Precisava ser um caramujo com aspecto frágil, mas, ao mesmo tempo, simpático. O amigo iluminado do caramujo foi decidido mais tarde. Teria que ser alguém que lhe desse uma boa ideia. Pensei primeiramente, em uma “esperança”, um bichinho verde, parente dos gafanhotos e que parece uma folha verde; cheguei a desenhar alguns, mas senti que não era o melhor representante de alguém iluminado. O vaga-lume foi uma consequência lógica, pois o bichinho produz a própria luz e, por que não levar essa luz para alguém? A ideia de fazer o vaga-lume vestido com trajes típicos de Portugal foi uma homenagem a um amigo lusitano, que certa vez, com toda sua simplicidade, falou-me algo muito simples e que resolveu um problema que me preocupava fazia anos. O personagem do vaga-lume da história possui um modo bastante particular de raciocínio, aparentemente ingênuo e, mesmo, tolo, mas que, no final, com toda essa simplicidade, acaba demonstrando muita sabedoria. Às vezes vejo que buscamos soluções complexas para problemas grandes, ou achamos que determinado problema sequer tem solução. Porém, de repente, aparece alguém à primeira vista simplório, ingênuo, mas que com uma pequena e simples frase desfaz todo nosso drama, sugerindo uma simples solução.

Vaga-lume

A história fala de superação, de usar um problema como motivação para construir algo novo e/ou melhor. Fala sobre o bem oculto em todo mal, ou seja, algo que a princípio é ruim (no caso, as diversas limitações que o Caramujo tinha para fazer o que queria), mas que acaba sendo uma mola propulsora para o desenvolvimento e evolução. Fala, também, sobre o bulling, que, na maioria das vezes, é feito por pessoas frustradas consigo mesmas e que procuram se sentir melhor colocando os demais para baixo. No caso do Caramujo, ele consegue transformar os bulliers em admiradores dando a eles o que eles gostariam de ter ou ser. A história fala, ainda, de altruísmo, quando o Caramujo passa a usar sua invenção para auxiliar pessoas com dificuldade de movimentos, e não apenas para satisfazer suas próprias necessidades; fala, também, de responsabilidade com a sustentabilidade, quando o Caramujo inventa uma embalagem biodegradável para a “raspadinha”, preocupando-se com as consequências adversas que sua invenção poderia trazer e investindo em uma solução para esse problema (no caso, embalagens que se transformam em fertilizante), lembrando, assim, da necessidade de termos uma abordagem holística e responsável sobre nossas atitudes e invenções. Fala, ainda, de criatividade, de acreditar em si mesmo, no despertar de talentos que cada um possui, e da necessidade do esforço e determinação para se chegar a um resultado (como dizia Thomas Edson, o sucesso dele era resultado de 1% inspiração e 99% transpiração!). Com relação às ilustrações, a história começa com um cenário com grama verde e céu azul e passa para um cenário cinza e triste, representando o aspecto emocional de nosso herói após tantas decepções e desincentivo. Porém, no final, ao descobrir sua vocação, um sol irradiante se abre para ele. De modo algum a história sugere que todo mundo deve superar seus limites a qualquer custo, mas, sim, a partir de um problema próprio ou de outrem, buscarmos soluções para a construção de um mundo melhor para todos. COMPRAR

 

 

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A História Por Trás da História de – Um Gato de Cara Quadrada

A História Por Trás da História - Um Gato de Cara Quadrada

Certa vez fui à casa de um amigo e havia um gato branco que me chamou a atenção por ter um corpinho compacto e um focinho bem curto, fazendo com que tivesse uma cara “quadrada”. Não sei de que raça era, mas isso serviu de inspiração para escrever esta história. Porém, nesse livro o principal não é o gato em si ou fato do personagem ser muito afoito e estar sempre trombando nas coisas, mas, sim, a métrica das rimas. Rimas e matemática tem tudo a ver com arranjos e combinações, uma vez que, de um universo grande de palavras que formam um idioma, extraímos aquelas que devem expressar uma ideia ou sentimento com “precisão poética”. Com isso, geramos uma musicalidade especial ao ler o texto. No caso dessa história, a palavra “quadrada”, além de descrever a cara do gato, dá a musicalidade “quadrada” ao texto, fazendo com que a leitura seja feita aos “soquinhos”, como se estivéssemos descendo por uma escada. Colocamos, abaixo, o áudio de parte do texto para que o leitor tenha uma ideia mais precisa:

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A História Por Trás da História de – Vamos Desenhar o João?

A História Por Trás da História - Vamos Desenhar o João?

Essa história surgiu acho que era uma quinta-feira: eu acordei de manhã e ainda estava deitado quando me veio a frase “Vamos desenhar o João?”, juntamente com os primeiros versos. Rapidamente levantei-me e me pus a escrever. Terminado o texto, em um papel fiz um desenho com uma caneta, do que eu pensei que seria um desenho com traços infantis, com corpinho de pauzinho e pés e mãos de bolinhas, com os dedos de risquinhos… No primeiro esboço já saiu o João! Achei que ficou um bonequinho simpático. Naquela manhã mesmo fui ao computador, digitalizei o esboço e ilustrei a história. Este foi o livro mais rápido de todos! Em poucas horas estava pronto! 

Scan

A meu ver, essa história serve para muitas coisas: primeiro, para ajudar as crianças pequenas a desenhar, não se esquecendo dos detalhes como sobrancelhas, cabelos, dedos, o chão; para os adultos, serve para exercitarem a imaginação, a fantasia, de pensar em coisas tidas como impossíveis (como, por exemplo, o João sair andando do papel). É totalmente ilógico, mas esse exercício, de vez em quando, ajuda a nos manter conectados com planos de ideias superiores, mais elevados, exercitando a criatividade. Afinal, a gente não pode acreditar que só por que não conseguimos ver ou perceber algo, esse algo não existe. É como imaginar um círculo quadrado: parece impossível, mas só por que não conseguimos imaginá-lo não quer dizer que não exista. Apenas nossa mente ainda não tem cognição suficiente para conceber tal situação. Mas esse assunto é para outra história: A História Que Não Aconteceu Bem Assim, que já está escrita, só faltando as ilustrações. COMPRAR

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A História por Trás da História de – O Elefante Maluco

A História Por Trás da História – O Elefante Maluco

Essa história foi escrita em 2017, num domingo de manhã. Eu ainda estava na cama, mas acordei e ouvi, lá do oitavo andar, um papagaio que provavelmente havia fugido de alguma casa. Ouvia, também, a voz de alguém que provavelmente estava tentando pegar o papagaio (digo provavelmente por que não fui à janela para ver o que realmente estava acontecendo). Aquela “conversa” durou um bom tempo, misturando sono, sons e vozes. Lá pelas 11h00 da manhã, quando me levantei, veio-me a inspiração para escrever essa história. O que tem a ver papagaio fujão com um elefante maluco eu não sei, mas só sei que foi a partir daquela mistura de sons que veio a ideia e, a medida que fui escrevendo, a continuação da história foi surgindo.

A ilustração de como seria o elefante veio em seguida, sendo que o sorriso e o olhar meio sinistros foram inspirados em uma pessoa conhecida. Desenhei o elefante em um pedaço de papel que, posteriormente, foi digitalizado e colorido. Procurei utilizar o princípio de Curvas Harmônicas para desenhar o elefante, para dar um fundamento geométrico e, ao mesmo tempo, gracioso no bichinho.

Antes de lançar o livro digital, fiz uma animação, um filme com pouco menos de três minutos de duração, e que foi exibido na 17a Mostra de Cinema Infantil de Florianópolis, 2018 (ver o filme, clique aqui).

O Elefante Maluco é um elefantinho muito doido mesmo, um pouco medonho em seu olhar e sorriso, mas que desperta muitas sensações e reações no menino da história: medo; curiosidade; estranheza; preocupação; zanga; diversão, etc. E, no final, faz a gente pensar que essas são algumas das sensações que os sonhos despertam na gente. Dizem que quando dormimos, nossa consciência vai para o “plano das emoções”, onde os sonhos estão, e, enquanto nosso corpo físico descansa, a gente tem uma “vida” bastante ativa por lá. Alguns dizem ser possível aprender a controlar nossa consciência durante o sono e, assim, aproveitar melhor essas “atividades”, inclusive fazendo trabalhos úteis, viajando, estudando. Não sei como fazer isso e, por hora, penso que o melhor é continuar procurando ter bons pensamentos e atitudes durante o dia para que, de noite, a gente tenha bons sonhos, não é? COMPRAR

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A História Por Trás da História de – My Heart

A História Por Trás da História - My Heart

Minha vida é cheia de acontecimentos bizarros, histórias de coisas estranhas que aconteceram comigo. Um dia, lá pelos idos de 2010, me perguntaram por que eu não escrevia uma história para crianças, já que eu contava tantas histórias absurdas e, mesmo, engraçadas? Fiquei em essa ideia na cabeça, mas sem saber sobre o que escrever. A inspiração veio um dia, quando eu estava visitando uma livraria (na época eu ainda morava na Califórnia, EUA). Eu estava passando por uma fase bastante difícil em minha vida, procurando emprego, cuidando sozinho de meus dois filhos… Eu havia acabado de sair de uma entrevista para uma vaga de professor de mecanização agrícola no College de Merced e a entrevista havia sido um desastre! Antes de ir para casa, parei nessa livraria para dar um tempo e esfriar a cabeça. Uma coisa que eu acho bacana nos EUA é que lá tem livros para tudo o que se possa imaginar (e para coisas que a gente nunca imaginaria que alguém escreveria um livro, também!). Entrei na loja e fui à seção de revistas. Dentre as várias que havia, peguei uma que falava de “Self Publishing” (traduzindo, seria algo como “publique você mesmo”). Como eu nunca havia ouvido falar nisso, comecei a ler a revista. Foi aí que, lá pelas tantas, parei um pouco de ler e comecei a olhar aquela livraria, com tantas seções sobre tantos assuntos diferentes, tanto conhecimento produzido! Pensei que tudo era um mar de informação e que a gente acaba se perdendo de vontade de ler tudo aquilo. Pensei, também, que se eu fosse dar um conselho para uma criança sobre como “navegar” nesse mar de informação, que conselho eu daria? Foi aí que eu comecei a imaginar um menino, entre 8 e 9 anos, em uma biblioteca, tendo acesso a toda essa informação… E assim foi surgindo a história. Então, My Heart foi escrito em 2010, primeiramente em português e, posteriormente, reescrito em inglês. Digo reescrito por que não se pode traduzir um poema com rimas ao pé-da-letra. Ao escrever a versão em inglês, o sentido da história ficou o mesmo, mas existem algumas diferenças. A questão é que, na época, a versão em inglês acabou ficando melhor, mais concisa.  Foi a minha primeira história para “crianças”. Digo “crianças”, entre aspas, por que é uma história que serve para adultos também. Costumo dizer que é uma história pra crianças de 5 a 105 anos de idade! Um fato interessante é que, enquanto eu escrevia, em minha mente eu ouvia o 3º movimento do concerto “Inverno”, de Vivaldi. Por isso, considero essa música como sendo “a chave tonal do livro”.

O próximo passo foi ilustrar: fui atrás de ilustradores, mas isso ficava muito caro. Ao comentar a questão com amigos, me sugeriram que eu mesmo fizesse as ilustrações, e que desenhasse de um modo simples. Resolvi aceitar o desafio. Fui na internet procurar tutoriais de como ilustrar um livro. Peguei indicações de tipo de papel, tintas, diferentes técnicas… Comprei o papel indicado e um tipo de lápis de cor que depois você passa água e ele dissolve a tinta. Fiz as ilustrações e, em seguida, com um scanner, digitalizei-as.

O resultado foi outro desastre! Para amenizar as coisas, tive que retocar cada ilustração usando o mouse do computador! Melhorou um pouco, mas, mesmo assim, ficaram feias. Teve gente que gostou, mas eu não. Mas, publiquei o livro assim mesmo, pela Imgram, que trabalha com impressão por demanda. O livro ficou disponível por um tempo, cheguei a vender alguns exemplares, mas, depois, acabei retirando de circulação. Comprei, então, uma mesa digitalizadora e refiz todas as ilustrações. Aí ficaram bem melhores. Já de volta ao Brasil, uma editora americana “se ofereceu” para publicar o livro. Digo “se ofereceu” por que isso iria custar U$ 6.400,00. Até me pareceu que não estava caro na época, mas as circunstâncias me impediram de ir em frente. Com a disparada do dólar e a economia brasileira entrando em crise, a publicação da segunda edição teve que ser adiada. Por vários anos busquei alternativas pra publicar o livro, mas sempre esbarrava no custo para impressão. Fazia alguns anos que eu vinha estudando o mercado digital e as suas possibilidades, até que encontrei uma forma viável de publicação e distribuição do livro digital via Amazon KDP. Resolvi utilizar essa mídia e, enfim, tirar o My Heart da gaveta e disponibilizá-lo ao público. O livro possui uma mensagem principal e várias outras mensagens, que são repassadas através do texto em si e pelas ilustrações. Tem, também, algumas curiosidades e segredos. Por isso, achei por bem inserir detalhes sobre essas mensagens e curiosidades em um anexo, como se fosse um “guia turístico” do livro. A ideia foi fazer algo parecido a uma visita a um lugar histórico: você pode entrar sozinho nesse lugar, olhar tudo e sair; mas, se contratar um guia turístico, ele lhe mostrará e explicará curiosidades a respeito de cada detalhe do local, coisas que não se pode saber simplesmente olhando, tornando, assim, sua visita muito mais rica e proveitosa. Deste modo, o leitor pode matar a curiosidade a respeito, por exemplo, do por que os reis estão montados em cavalos de pau e usando espadas de madeira? Por que o livro tem a capa vermelha? E assim por diante. 

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