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A História Por Trás da História de – O Menino Que Brigou Com o Chuveiro

A História Por Trás da História – O Menino Que Brigou Com o Chuveiro

Essa história foi escrita em 2014 para complementar o livro anterior, A Menina Que Brigou Com o Pente. Queria escrever algo sobre meninos, porém, eu pensava que não querer tomar banho era coisa só deles, durante aquela fase entre os 8 aos 11, 12 anos. Mas, para minha surpresa, ouvi de muitos pais que isso também acontece com as meninas. Mas, a inspiração para essa história veio de vários acontecimentos e experiências próprias: eu mesmo, lembrando-me da vez que cheguei ficar 15 dias sem banho durante o gelado inverno de Curitiba lá pelos idos de 1975 (eu sei, podem ficar espantados, mas foi o ano em que nevou por lá! E, também, não foi por falta de minha mãe me mandar tomar banho!). O cabelo cheirava mal, com certeza, pois uma vez, brincando de lutar com outro menino, senti um cheiro forte no cabelo dele, igual ao de alguns bichos que tinha no zoológico da cidade. 

Lembro-me, também, de uma colega de escola que estava sempre arrumadinha, com o uniforme passadinho, o cabelo penteado, sapatinho de verniz, educadíssima e muito inteligente. Não era a menina de quem eu gostava, mas, certo dia, durante a saída da escola, vi quando seu pai veio de encontro a ela (lembro-me de que ele era empresário do ramo de mineração) e, quando lhe deu a mão, a menina falou algo para ele, como “é aquele menino ali”, olhando e sorrindo discretamente para mim. O homem me olhou e também sorriu. Só me lembro de pensar em o quanto eu estava sempre sujinho, por não tomar banho direito e estar com o uniforme sempre amassado e sujo de tanto brincar no recreio e que, apesar de tudo isso, pelo jeito, ela gostava de mim. Continuei gostando da outra, mas isso serviu de alerta para me cuidar melhor!

Outro fato que contribuiu como inspiração ocorreu 45 anos mais tarde quando, depois de eu sair do banho, cheguei para minha esposa e disse: — Vê se eu tô cheirosinho? Ela achou isso muito engraçado, respondendo-me com um belo e carinhoso sorriso! 

Assim, somando esse fato aos quinze dias sem banho e à menina arrumadinha que eu acho que gostava de mim, misturei tudo para escrever O Menino Que Brigou Com o Chuveiro. Acrescentei um pouco de drama (que dizem ser coisa de homem) e o fato de em nossa sociedade muitas pessoas prestarem atenção mais nas aparências que na essência (até que alguém vem trazer uma luz e muda nossa forma de pensar!). 

A ideia fundamental foi fazer uma história divertida, escrita em rimas, que falasse não apenas da importância do banho, mas, principalmente, do respeito, da valorização da essência e da necessidade de estarmos sempre abertos a mudanças e ao aprendizado. 

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A História Por Trás da História de – A Menina Que Brigou Com o Pente

A História Por Trás da História – A Menina Que Brigou Com o Pente

Esta história foi escrita em 2012 e teve sua primeira publicação impressa em 2014, durante o Festival da Cultura de Barra do Turvo, município do Vale do Ribeira, estado de São Paulo. Tudo começou em um belo dia, quando eu estava na casa de amigos. Havia uma moça chamada Gi que estava penteando os cabelos da filha, Luísa, que acabara de sair do banho. A menina tinha os cabelos longos e lisos, só que o cabelo havia ficado um tanto embaraçado após o banho. Enquanto a mãe a penteava, a menina reclamava dos puxões no cabelo. Eu estava sentado em um banco, na varanda da casa, quando a mãe da menina me perguntou: “— Wilson, você escreve histórias infantis, não? Ao responder que sim, a mãe continuou: “— Então por que você não escreve a história da “menina que brigou com o pente?” Essa frase ficou na minha cabeça por uns três meses. Um dia, resolvi escrevê-la e assim nasceu A Menina Que Brigou Com o Pente. No mesmo dia, fiz também as ilustrações, de maneira bastante simples, pois a ideia era dizer às crianças que elas também poderiam escrever histórias e ilustrá-las. A primeira vez que a li para crianças foi em 2013, quando trabalhei em uma das escolas da cidade de Barra do Turvo, como professor de várias disciplinas e como substituto. Foi então que um dia contei a história para uma classe do quinto ano. Para minha surpresa, as crianças aplaudiram em pé de tanto que gostaram! 

Em 2014, já trabalhando para a prefeitura da “Barra”, a então secretária de cultura teve a ideia de fazer o lançamento do livro durante a Festa da Cultura da cidade. O livro foi, assim, lançado durante o evento e foi algo muito bacana! A receptividade das pessoas foi algo muito, muito gratificante! 

Na sequência, tive a ideia de fazer uma campanha para distribuição do livro para os 716 estudantes do sistema municipal de ensino. Fui atrás de patrocinadores que estivessem dispostos a colaborar. Cada livro sairia pelo preço de custo e, em contrapartida, o patrocinador receberia, para cada livro doado, uma cartinha de agradecimento escrita pela criança recebedora. Preparei uma lista com os nomes dos patrocinadores e de cada criança que receberia o livro. No lado interior da quarta-capa, foi colada uma etiqueta com o nome do patrocinador e da criança, de modo que, se alguém quisesse conferir se sua doação havia sido entregue, poderia verificar junto à escola. Infelizmente não consegui livros suficientes para as 716 crianças; foram apenas 190, mas aqueles que patrocinaram ficaram bastante emocionados quando receberam as cartinhas, e muitos disseram que “se soubessem que seria assim, teriam contribuído com mais!”.

Em 2016, preparei uma segunda edição, com ilustrações melhoradas e umas correções gramaticais que não haviam sido feitas na primeira versão. Resolvi, também, incluir uma segunda história no final do livro: As Amigas da Menina Que Brigou Com o Pente, com o intuito de explicar para as crianças que, cuidados pessoais são sim importantes, mas o que realmente conta é a pessoa em si, seu caráter, seu coração, e não as aparências. Também foi incluída uma atividade lúdica que ajuda a criança a interpretar as mensagens que estão inseridas na história, pois, mais importante que pentear os cabelos, é obedecer a mamãe, respeitar os outros, pedir desculpas quando erramos, e lembrarmos sempre de que tudo na vida serve de aprendizado.

 

 

O que tenho observado com esse livro é que muitas pessoas se identificam com ele: acho que é muito difícil encontrar alguém que nunca “brigou com o pente”, independentemente do tipo de cabelo. Teve uma senhora (que aparentava uns 65 anos) que disse: — Ah! Esse livro é para mim! E ela comprou o livro e pediu para que eu escrevesse uma dedicatória! Tenho tido notícias de muitas crianças que passaram a pentear os cabelos depois de terem lido o livro. É bastante gratificante saber disso, pois sempre que escrevo penso em, de alguma forma, passar algo bom para as pessoas, não apenas diversão, mas, principalmente, alguma boa mensagem. E gosto de escrever em rimas por causa da musicalidade e, mesmo, do desafio que é desenvolver uma história rimando. Admiro muito os repentistas, que criam suas rimas instantaneamente! Para mim, eles são gênios, assim como os escritores de cordel! Tiro o chapéu para eles!

 

 

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