Era uma vez um pinguinho
que caiu sem quer.
A cor da tinta? Não importa!
E começou a escorrer
primeiro para baixo,
depois pra direita,
voltou a subir,
e, depois, para a esquerda,
formando um quadrado
de bom parecer.
Era uma vez um pinguinho
que caiu sem querer.
A cor da tinta? Não importa!
E começou a girar,
girar e girar…
e, assim, a escorrer,
escorrer e escorrer…
formando um círculo
de bom parecer.
Era uma vez um pinguinho
que caiu sem querer.
A cor da tinta? Não importa!
E ficou ali mesmo,
sem se mexer,
permanecendo um pinguinho
de bom parecer.
Era uma vez muitos pinguinhos
que caíram sem querer.
As cores das tintas? Não importa!
E cada um foi fazer…
foi sonhar…
construir…
se expressar…
escorrer…
cada um do seu jeito
como haveria de ser.
Mas,
tinham algo em comum
além do bom parecer,
você, por acaso,
saberia dizer?
Isso mesmo!
Eram todos pinguinhos
na essência do ser.